MENOS SAL NA NOSSA ALIMENTAÇÃO
O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) fecharam, no final do ano passado, o quarto acordo para a redução do teor de sódio nos alimentos industrializados. Desta vez, o compromisso é pela diminuição desse ingrediente em laticínios, embutidos e refeições prontas, em até 68% ao longo dos próximos quatro anos.
O novo
termo, assinado pelo ministro da Saúde e
pelo presidente da entidade, Edmundo Klotz, eleva para 16 o número de
categorias de alimentos atingidas, que somadas representam 90% dos alimentos
industrializados. “Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade de
inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta
de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos
alimentos industrializados no país”, destacou o ministro.
Com a
inclusão dos três novos grupos, a meta global do acordo passa a ser retirar 28
mil toneladas de sódio até 2020. Desde 2011, a estimativa é que 11,3 mil
toneladas tenham sido retiradas dos produtos como bisnaguinhas, massas
instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos.
O sódio
está presente no sal de cozinha e em produtos industrializados. Seu consumo em
excesso está associado a uma série de doenças, sobretudo à hipertensão
arterial. A doença, segundo o novo levantamento Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012,
atinge 24,3% dos brasileiros hoje.
“Somos
o segundo maior produtor de alimentos no mundo, maior gerador de renda desse
país e nós precisamos desenvolver cada vez o valor agregado, a exemplo de iniciativas
como essa proposta pelo Ministério da Saúde. Uma das maiores vantagens é
estimular a indústria a buscar cada vez mais soluções”, avaliou o presidente da
Abia.
Consumo excessivo
Segundo
a última Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome, em média, 12 gramas de
sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio obtido dos alimentos. A
marca é mais que o dobro do que os 5 gramas recomendados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Se
chegasse ao consumo médio ideal, o Brasil teria forte impacto na qualidade de
vida dos brasileiros e na redução das mortes atribuídas à hipertensão e às suas
complicações, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Contato
com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário