CALENDÁRIO

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

CRÔNICA DE HOJE

A vida pede movimento  

Drª. Meira Souza*

No início de minha estrada pela clínica de dor, eu não imaginava que encontraria um número tão grande de pacientes com a recomendação de se tornarem sedentários.

Sei que esta frase inicial pode soar um pouco dramática, no entanto, me lembro como se fosse ontem: uma mulher por volta de seus 50 anos entrou em meu consultório com o diagnóstico de fibromialgia. Para tratar este problema, ela recebeu como recomendação não realizar nenhuma atividade física, chegando ao ponto de eventualmente ser carregada por seu marido e filhos pela casa.

E após três anos de seguir esta recomendação religiosamente, esta paciente procurou meu consultório, ainda com dor e também com osteoporose e uma calcificação da fáscia do músculo vasto medial, o que causava uma dor intensa e diferente das iniciais que a tinham motivado o diagnóstico de fibromialgia.

Ao apresentar o novo a família toda se espantou, como era possível? Após todos esses anos de dedicação ao tratamento o único retorno foi um quadro de piora?

Por mais que este seja um caso extremo, vocês se impressionariam com o número de pessoas que recebem a mesma “prescrição”.

É comum em pacientes que sofrem com dores que na base exista uma musculatura muito desqualificada, frágil demais, muito contraída ou cheia de nódulos fibróticos e algumas vezes, até inflamada, mesmo que o diagnóstico recebido seja hérnia de disco, osteoartrose ou osteoporose.

Em uma abordagem sistêmica vamos encontrar músculos colaborando com este processo e para resolver efetivamente a dor precisamos qualifica-lo e, definitivamente, não existe nenhuma fórmula que conserte músculos que não envolva movimento.

Frequentemente escuto de meus pacientes que eles não conseguem se exercitar, independentemente da idade, esta frase é dita por idosos e adolescentes, claro que em proporções diferentes.

No entanto, nosso corpo pede movimento, o exercício físico melhora a oxigenação muscular, libera endorfinas, melhora a força, a coordenação, o equilíbrio, promove a redução do e pasmem, melhora a autoestima.

É muito bacana e emocionante receber uma paciente de 80 ou mais anos comprometida com uma reabilitação, chegando na clínica cada vez mais erguida, cada vez, mais feliz com suas conquistas físicas, tal qual uma criança indo para suas primeiras aulas de natação.

Não espere para se exercitar e se comprometer com uma vida saudável no momento em que saúde já não fizer mais parte da integridade da sua vida.

É uma fala antiga, mas é verdade: prevenir é melhor do que remediar.

Exercitar-se e evitar um problema é muito mais simples do que resolver este problema, além de evitar muita dor.

Estas conquistas, não se esqueçam, são muito mais duradouras do que os efeitos de qualquer remédio e também são um sinal de liberdade.

*Responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo”.  O próximo livro da autora "Emagre-Ser" está sendo editado pela editora Autêntica.

Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.

terça-feira, 30 de novembro de 2021

UM FATO EM FOCO

 Infelizmente, a queima de materiais inservíveis em via pública – muitas vezes causadora de fumaça tóxica (como pneus, plásticos e até fios furtados) - é uma constante que as autoridades não conseguem (ou não se esforçam) por coibir.

Esta foto nos foi enviada por uma leitora com a informação de que ela foi obtida ontem, dia 29, às 17h. A queima teria sido realizada em plena via pública - na Rua Souza Aguiar, no Bairro São Geraldo:




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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

CRÔNICA DE HOJE

 Quem constrói a sua história?

Drª. Meira Souza*

Muitas vezes nossa racionalidade nos faz esquecer que, em essência, somos animais, e, como todos eles, às vezes, chegar perto demais pode ser perigoso. Demorei muito tempo para entender isso, no entanto, várias vezes ainda me pego caindo nesta mesma armadilha.

Sempre que pergunto ao meu paciente os motivos de ele ter adoecido corro o risco de não o ver mais; muitas vezes esta pergunta toca em alguma ferida profunda e quem se dói diversas vezes corre ou “morde”.

Se implicar como responsável por algo de ruim que te ocorre é no mínimo desconfortável = e eu entendo isso - culpar uma força externa pelos males que nos afetam parece de certa forma um tipo de cuidado.

“Sim, este mal me ocorreu, mas não fui eu que me fiz sofrer.”

A dor, além de tudo, é impaciente. Os anos de adoecimento que levaram a determinado quadro, precisam ser resolvidos em dias, quiçá horas.

Muitos pacientes se aproximam de mim e verbalizam com clareza: “doutora, não quero entender nada, só quero que essa dor passe. Por favor me dê um remédio que faça ela ir embora.” Sensibilizo-me muito com estas histórias, e, por vezes, até choro.

No entanto, não é dessa maneira que o corpo funciona, o paciente que chega a mim com quadro de dor extrema, em quase 100% das vezes já chega ao meu consultório com doses altas de medicação; quanto mais forte for o remédio que eu der para ele, mais seu corpo necessitará, e ele não estará isento de nenhum efeito colateral.

A medicina não tem remédio para todas as dores, meu trabalho é regido sobre essa máxima. A maior parte de qualquer saúde é construída na rotina, e não no consultório. O mundo que desejo é um no qual a saúde seja mais democrática, não uma ferramenta de lucro; esperamos a doença acontecer, pois é muito mais lucrativo tratá-la que preveni-la.

Gostaria de observar uma realidade diferente das clínicas de dor.

Remédios deveriam ser ferramentas para construir uma saúde melhor.

Deveriam sim, entrar na vida de pacientes, mas nunca sem previsão de saída.

Ser o protagonista de sua saúde é entender que você é o seu vilão e seu herói em todos os momentos. Mesmo que precise de ajuda ou orientação de algum “mestre”, só você é capaz de construir sua própria jornada de uma vida digna e feliz.

*Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo”.  O próximo livro da autora "Emagre-Ser" está sendo editado pela editora Autêntica.

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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

VACINA DA PFIZER CONTRA A COVID-19

 


É BOM SABER

Que a vacina da Pfizer, nos casos em que é indicada,  está sendo aplicada pelo Centro de Saúde Pompeia em local espaçoso e arejado: Salão da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Rua Iara, 204).

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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

CRÔNICA DE HOJE

 De gota em gota

Drª. Meira Souza*

Você é uma pessoa articulada?

Não há ninguém que possa responder não a essa pergunta.

Nosso corpo é repleto de articulações, isso é, local onde termina um osso e começa outro.

A extremidade do osso é revestida de cartilagem e tem um espaço virtual que permite o movimento do corpo, orquestrado pelos tendões de músculos específicos que conseguimos movimentar.

Sem as articulações, seriamos como bonecos de madeira, duros e sem capacidade de realizar nenhuma tarefa, por mais simples que seja, como levantar-se da cama ou beber um copo de água.

Como tudo em nosso corpo, elas se desgastam com o tempo, no entanto, ele não é o único responsável por estes agravos. Atividade física em excesso ou a falta dela também são grandes fatores de vulnerabilidade articular.

Tópicos exteriores ao corpo são facilmente compreendidos pelo paciente, mas tudo se complica quando eu afirmo que outras atividades como sono inadequado, cigarro e alimentos podem ser piores vilões.

Alguns medicamentos que curiosamente são utilizados para tratar inflamações das articulações como corticoides também são muito deletérios. Qualquer coisa que desqualifique os músculos acaba prejudicando as articulações. Músculos fortes e alongados evitam sobrecarga sobre elas. Quando estas sobrecargas acontecem, ocorre um aumento de pressão que dificulta a irrigação sanguínea levando ao desgaste da cartilagem, condição que damos o nome de artrose.

Não devemos esquecer também, que além da artrose também existem outros agravos como: as doenças inflamatórias das articulações, conhecidas como artrites que acontecem por muitos motivos, entre eles a gota, nome dado a artrite causada pelo excesso de ácido úrico.

É comum pacientes chegarem à minha clínica dizendo: “Dra., eu tenho ácido úrico.”

Todos nós temos esse ácido, ele é resultado do metabolismo das proteínas que dão origem às purinas e em seguida formam os cristais de ácido úrico.

Em alguns casos ele está aumentado e ocorre seu depósito das articulações, este aumento tem relação com consumo excessivo de carne, frutos do mar, peixes... Também em paciente que tem o hábito de ingerir bebida alcóolica ou que tem dificuldade de excretar este ácido por algum problema renal.

Esses depósitos nas articulações são muito dolorosos e recebem o nome de gota por criarem deformidades na articulação que são semelhantes a gotas.

Nada se forma da noite para o dia, é sempre consequência da adoção de um estilo de vida deletério.

Alimentos mal digeridos também são capazes de causar alterações no ácido úrico, pois proteínas mal desintegradas são mais difíceis de serem metabolizadas e eliminadas, então, além de se alimentar bem, é necessário garantir que o alimento está sendo bem absorvido e digerido, através de uma boa mastigação e alimentação consciente.

Cuidado vem do pequeno, mas consistente, de gota em gota escolhemos nosso futuro e tornamos grande tudo o que regamos.

*Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo”.  O próximo livro da autora "Emagre-Ser" está sendo editado pela editora Autêntica.

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terça-feira, 26 de outubro de 2021

A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOUI!


Coronavírus no momento da infecção

 

                                          Fonte: Grupo IBES.

Segundo a revista Scientific America, os fabricantes de vacinas contra a Covid se preparam para uma variante pior do que a delta!

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

RECEBEMOS ESTE COMENTÁRIO DE UMA LEITORA SOBRE AS CRÔNICAS DA DRA. MEIRA

Muito instrutivas as crônicas, principalmente por  chamar nossa atenção para os cuidados que devemos ter conosco. A atenção da Dra. Meira, voltada para o lado afetivo-social, é louvável,  especialmente nesta época tão árida das relações humanas. 

Parabéns Dra., por sua linguagem descomplicada e acessível, carregada de afeto.

Abraços desta leitora assídua do blog.

   Áurea Miquelão – psicóloga clínica

 

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terça-feira, 19 de outubro de 2021

CRÔNICA DE HOJE

 Quem ganha com o seu medo?

Drª. Meira Souza*

É natural termos medo do desconhecido, medo de tudo para o qual não podemos nos preparar.

Desde pequenos, aprendemos observando o comportamento alheio, e também deste modo aprendemos o que temer e o que encarar.

Um grande médico japonês, conhecido por curar pessoas com câncer na quarta fase afirma que existe apenas um paciente que ele não pode curar, aquele que teme mortalmente o câncer, que assim que descobre a doença já se vê sem esperanças e se preocupa mais em aceitar a morte do que em buscar a cura.

O medo afeta diretamente nosso sistema imunológico, nos deixando propensos a contrair qualquer doença com mais facilidade e também dificulta o processo de retorno à saúde.

É obvio que não existe maneira de receber o diagnóstico de tumor maligno sem se abalar, isso se deve também ao fato de que é comercialmente favorável expor e manter o câncer com “fama” de incurável.

Desta maneira paciente que receber o diagnóstico fará de tudo, pagará qualquer valor e se submeterá a qualquer procedimento para salvar a própria vida.

Chegar no ponto do câncer é muitas vezes, sim, ter que se submeter a procedimentos mais invasivos, mas mesmo durante esse momento é necessário respeitar e empoderar o paciente para que ele acredite que pode melhorar.

 O diagnóstico do câncer pode ser muito lucrativo para a indústria da medicina, diversas vezes recebi pacientes em pontos inflamatórios absolutamente alarmantes, condição que já sabemos, pode evoluir para um câncer, mas não receberam nenhum aviso do profissional que havia solicitado o exame para que mudasse de conduta para evitar uma evolução desfavorável. Não é conveniente ficarmos tranquilos em nossas sua cadeiras, somente repetindo exames de controle, esperando o momento de poder dar uma informação oficial de um diagnóstico irreversível e somente então iniciar um tratamento.

Muito pode ser feito antes.

Assim como quase todas as doenças, o câncer tem um caminho, não é uma condição inevitável. Por isso digo e repito quantas vezes forem necessárias: é importante ter cuidado com a saúde primária, com a saúde que se adquire no dia a dia.

Procedimentos invasivos são caros e trazem um certo glamour para o médico que o executa, mas podem vulnerabilizar o paciente e devem ser preservados apenas para momentos onde existe uma inevitabilidade de outras opções.

O paciente curado irá continuar a vida e não é justo que tenha que sofrer ao longo de toda sua jornada por um procedimento que poderia ter sido evitado.

Quanto mais o medo e os perigos são valorizados, frente a toda uma vida e história, mais dispostas a se machucar e mais frágeis para se curar estarão as pessoas.

Perigo e medo são coisas diferentes, o perigo é real, mas o medo só servirá para deixar a jornada mais estressante do que já é.

Desglamourizar a medicina, colocar os pés no chão e entender que alicerces de um bom estilo de vida são essenciais a todos que querem viver bem é um dos pilares principais de construirmos uma sociedade mais justa com cada indivíduo. E um grande estímulo para o médico que deseja investir na saúde integral e em uma sociedade mais sustentável.

*A Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo” e é uma das introdutórias ao próximo livro da autora "Emagre-Ser", que está sendo editado pela editora Autêntica.

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terça-feira, 5 de outubro de 2021

REUNIÃO VIRTUAL NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA

 A Mesa Diretora do Conselho Distrital de Saúde Leste convida conselheiros, usuários, trabalhadores e gestores para a reunião virtual extraordinária a se realizar no dia 7 de outubro (quinta-feira) às 15 horas.

Pauta:  proposta de datas para as eleições no formato presencial das Comissões Locais, Conselhos Distritais, Conselho Municipal de Saúde e Mesa Diretora do CMSBH.

Link: Meeting ID – meet.google.com/bhj-cpgv-rnb.


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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

MAIS UMA BELA CRÔNICA DA Dra. MEIRA SOUZA

 


Recado:

O tema desta semana é um com o qual me sensibilizo profundamente, creio que na época em que vivemos é cada vez mais importante focarmos em afeto e em como nos apresentamos na vida do outro. Espero que minha presença na vida de vocês seja sempre positiva, assim como a de vocês é na minha.

Relembro que para o assinantes do jornal "O Tempo" é necessário apenas clicar no link abaixo, para não assinantes a crônica está na integra um pouco depois.

Obrigada por fazerem parte da minha história.

Meira Souza.

https://www.otempo.com.br/opiniao/dra-meira-souza/subscription-required-7.5927739?_se=amJtaXF1ZWxhb0BnbWFpbC5jb20%3D&aId=1.2539902&utm_campaign=Crnicas_do_jornal_-O_Tempo-&utm_medium=email&utm_source=sendinblue.


Aquilo que podemos fazer pelo outro

Essa crônica será um pouco diferente das outras.

Várias vezes venho aqui dizer o quão valioso é o cuidado com a saúde e o quanto independência e autonomia durante esse processo são essenciais para ter qualidade de vida.

Em meu consultório me aprofundo de maneira única com cada paciente, no entanto várias vezes me perco dentro de uma questão, por que vale a pena cuidar de si?

O que dentro de nós faz com sejamos dignos desse cuidado?

O mais difícil na relação do indivíduo consigo mesmo não é seguir práticas saudáveis, todos conseguem segui-las com a instrução apropriada, a decisão do autocuidado é o mais difícil de se manter, depois que essa chave é virada, tudo muda.

Ao contrário do que normalmente digo, hoje faço um apelo ao afeto com o outro.

Precisamos de carinho, de amigos e de interações positivas.

Precisamos nos sentir dignos do amor que nem sempre somos capazes de nos dar.

Muitas vezes a ferramenta mais importante para a saúde é entender que merecemos cuidado.

A depressão é considerada o mal do século, em um mundo tão repleto de tristezas, muitas vezes, para o deprimido, não faz sentido lutar para melhorar sua qualidade de vida.

É comum que pessoas deprimidas tenham dificuldades de executar tarefas como, tomar banho, se alimentar corretamente, escovar os dentes e até mesmo pentear o cabelo, isso acontece porque para elas, a própria vida tem tão pouco valor que não faz sentido se comprometer com o cuidado.

A cada 40 segundos morre uma pessoa por suicídio no mundo e cada vez mais, pessoas muito jovens tem sido o alvo deste mal.

Depressão envolve fatores muito mais profundos do que exclusivamente o que passa dentro da cabeça de cada um, envolve fatores sociais, financeiros, alimentares e bioquímicos.

Talvez você não seja particularmente afetado pelo problema, no entanto, provavelmente conhece alguém que é.

Vivemos em uma sociedade que constantemente tenta nos provar que temos pouco valor, seja nas redes sociais, revistas ou televisão, sempre parece existir alguém “melhor”, mais rico, mais bonito, com um relacionamento melhor, mais livre, mais felizes...

Passamos cerca de 3,8 horas por dia no celular, isso são metros e metros de feeds rolados e pequenos veneninhos de comparação sendo instalados constantemente em nossas cabeças.

O problema não é o celular ou as redes sociais, mas o que e quanto consumimos, saúde mental é tão importante quanto a física.

Lembre-se que todas as nossas fragilidades em algum momento serão razão do lucro de alguma empresa, então saiba que existe um grande esforço externo para que você continue insatisfeito com a pessoa que é.

Você é amado, tem valor e merece coisas boas, cuide de como você se trata e cuide daqueles perto de você.

Saber que somos queridos é, muitas vezes aquilo que nos mantém vivos, até que possamos nos enxergar com amor.

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

PUBLICAÇÃO A PEDIDO DE UMA LEITORA DESTE BLOG

 Um ladrão vem agindo na nossa região!

Ele é especialista em furtar fios de cobre e agiu nesta madrugada na Rua Cravinas (no quarteirão compreendido entre a Rua Vinte e Oito de Setembro e Rua das Oficinas), de onde levou quase toda a fiação! A casa, onde mora uma idosa, ficou sem energia elétrica até há pouco tempo.  

Foto do indivíduo flagrada por uma câmera local:


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terça-feira, 24 de agosto de 2021

CRÔNICA DE HOJE

 



 

Hérnia de disco, um problema maior do que se vê

Dra. Meira Souza*

Se você já frequentou uma clínica de dor, hérnia de disco é provavelmente uma expressão que você já ouviu.

A intensidade de uma dor de hérnia é intensa e infelizmente não é um quadro raro.

Tenho pacientes que apresentam dores por hérnia de disco que não possuem esse diagnóstico e pacientes que há anos lidam com este problema, realizando dezenas de

intervenções e tratamentos sem sucesso.

Não é raro que algum paciente passe por uma cirurgia e não possua mais a hérnia quando observada em uma ressonância, no entanto continue com a dor.

Essa situação é inevitavelmente angustiante e parece um caminho sem saída, por isso é importante compreendermos como se forma uma hérnia em primeiro lugar.

Uma hérnia de disco é formada quando uma vértebra saí do lugar. Entre as vértebras existe uma estrutura chamada disco que é muito parecido em textura com uma bala ou chiclete, o disco funciona como um amortecedor e permite que tenhamos mobilidade na coluna.

Com exceção das situações no qual ocorre um trauma externo, uma hérnia não é construída da noite para o dia, é uma situação de agravos diários que eventualmente leva a um quadro extremamente doloroso.

Em torno da coluna existem vários músculos que se estão muito tensos criam um esmagamento da coluna vertebral, fazendo com que os discos desidratem e percam volume, o que deixa as vértebras mais próximas uma da outra.

Essas alterações musculares são tão poderosas que deslocam a o eixo da coluna causando desvios e retificações.

Estas estruturas alteradas condicionam um aumento de pressão dentro do disco. A coluna vista de perfil apresenta várias curvas, exatamente para evitar que o todo o peso do corpo repouse apenas sobre as últimas vértebras.

Um paciente com o quadro de hérnia de disco nunca apresenta um único problema, por isso é possível que as intervenções sejam ineficazes contra a dor, mesmo que a hérnia seja retirada cirurgicamente.

Isso ocorre porque o corpo que evoluiu para uma hérnia apresenta muito agravos nos músculos, nos tendões e ou mesmo nos ossos; como artrose e atrites. A hérnia era apenas uma parte do quadro de dor, mas não responsável pelo inteiro.

Vulnerabilidades musculares muitas vezes são negligenciadas até que exista um grande problema. Para evitar isso, é necessário prestar atenção em todos os sinais que um corpo entrega.

Um indivíduo que apresente quadro de dor nas costas é um candidato para os cuidados preventivos da hérnia. Onde há dor, há um problema, mesmo que não seja visível através de exames, como radiografias, tomografias e ressonâncias.

Hérnia é a tradução de uma coluna adoecida e exige mais cuidados do que uma intervenção externa, ela precisa de uma adequação no estilo de vida para ser completamente restaurada.

Preste atenção ao seu corpo, onde seu estresse se manifesta e como minimizá-lo, pequenos passos diários são mais poderosos do que um único grande passo.

*A Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo” e é uma das introdutórias ao próximo livro da autora "Emagre-Ser", que está sendo editado pela editora Autêntica.

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terça-feira, 27 de julho de 2021

VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM BH

 PBH vai ampliar vacinação com as doses de convocados que não foram aos postos

Isso significa que as pessoas que perderam as datas para a aplicação da segunda dose deverão esperar a chegada de novas remessas do Ministério da Saúde e nova convocação da Prefeitura, para completar o esquema vacinal. 

A mesma regra valerá para o público que ainda for convocado para tomar a segunda dose e não comparecer a um posto de vacinação no prazo máximo de uma semana.

Veja mais: https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/pbh-vai-ampliar-vacinacao-com-doses-de-convocados-que-nao-foram-aos-postos.


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quinta-feira, 22 de julho de 2021

 Câncer, um tópico delicado

Dra. Meira Souza*



Ao longo dessa jornada de escrita, revi muitos aprendizados, estudei e me aprofundei para trazer conteúdo da maneira mais leve possível.

Hoje é difícil ser leve.

Ao falarmos sobre câncer nunca haverá um modo 100% adequado de se manifestar, um tema tão delicado e assustador poderia passar em branco pelo conforto de não termos que encará-lo.

Mas ele é real e por isso os colocarei de frente a ele para que cada vez menos essa seja uma realidade.

Nos renovamos com muita frequência.

Ao sofremos alguma lesão ou corte, no local da ferida as células crescerão mais rapidamente e só voltarão ao seu ritmo normal de produção quando o local estiver cicatrizado.

Geralmente as células sabem quando iniciar e finalizar o processo de multiplicação.

Quando a célula, perde a capacidade de controlar essa replicação surgem os tumores que por mais assustadores que sejam nem sempre são tão preocupantes, se o tumor for não maligno como verrugas e miomas uma remoção já é o suficiente para acabar com o problema, no entanto, quando malignos se tornam cânceres.

É possível desenvolvê-lo em todo o corpo.

Embora exista um enorme investimento em pesquisas não se sabe ainda a causa precisa do descontrole no crescimento das células.

É provável que sejam causas multifatoriais.

Muitas pessoas acreditam que estão geneticamente condenadas a desenvolvê-lo também, felizmente isso não é uma verdade absoluta, embora o histórico familiar implique em maiores riscos, a maioria dos pesquisadores concorda que como fator isolado a genética colabora em apenas 5 a 15% dos casos.

Acredita-se que câncer é causado por fatores que são contornáveis com alimentação, exercícios e estilo de vida. Fatores ambientais também fazem diferença, como viver em algum lugar muito industrializado ou no campo.

Sabemos que o cigarro e a obesidade são fatores que contribuem muito para o aumento na probabilidade de desenvolver câncer.

Um corpo obeso dificilmente não será inflamado e a inflamação desorganiza o corpo através de várias vias, uma delas é a hepática.

O fígado é extremamente importante no processo de limpeza do corpo, quando saudável, ele filtra as toxinas e ajuda eliminá-las do corpo.

Para seu bom desempenho ele não deve estar sobrecarregado, metabolizando alimentos ou bebidas em excesso. Dessa maneira o fígado não conseguirá eliminar toxinas e elas alterarão o estado de saúde do corpo.

A produção excessiva de insulina pelo pâncreas estimulará o aumento do hormônio do crescimento, que pode provocar a multiplicação desenfreada de células tumorais.

Inflamações representam um estresse para o corpo, isso influencia o sistema imunológico que, enfraquecido, é uma porta aberta para muitas doenças inclusive a contaminação de vários vírus que aumentam incidência de câncer.

Excessos confundem o corpo e fazem com que ele não seja capaz de trabalhar de maneira adequada.

Cuide de você e preserve quem você ama.

*A Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no jornal “O Tempo” e é uma das introdutórias ao próximo livro da autora "Emagre-Ser", que está sendo editado pela editora Autêntica.

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    Por questão de foro íntimo, estamos encerrando nesta data as atividades deste blog .