Câncer, um tópico delicado
Dra. Meira Souza*
Ao longo
dessa jornada de escrita, revi muitos aprendizados, estudei e me aprofundei
para trazer conteúdo da maneira mais leve possível.
Hoje é
difícil ser leve.
Ao falarmos
sobre câncer nunca haverá um modo 100% adequado de se manifestar, um tema tão
delicado e assustador poderia passar em branco pelo conforto de não termos que
encará-lo.
Mas ele é
real e por isso os colocarei de frente a ele para que cada vez menos essa seja
uma realidade.
Nos
renovamos com muita frequência.
Ao sofremos
alguma lesão ou corte, no local da ferida as células crescerão mais rapidamente
e só voltarão ao seu ritmo normal de produção quando o local estiver
cicatrizado.
Geralmente
as células sabem quando iniciar e finalizar o processo de multiplicação.
Quando a
célula, perde a capacidade de controlar essa replicação surgem os tumores que
por mais assustadores que sejam nem sempre são tão preocupantes, se o tumor for
não maligno como verrugas e miomas uma remoção já é o suficiente para acabar
com o problema, no entanto, quando malignos se tornam cânceres.
É possível
desenvolvê-lo em todo o corpo.
Embora
exista um enorme investimento em pesquisas não se sabe ainda a causa precisa do
descontrole no crescimento das células.
É provável
que sejam causas multifatoriais.
Muitas
pessoas acreditam que estão geneticamente condenadas a desenvolvê-lo também,
felizmente isso não é uma verdade absoluta, embora o histórico familiar
implique em maiores riscos, a maioria dos pesquisadores concorda que como fator
isolado a genética colabora em apenas 5 a 15% dos casos.
Acredita-se
que câncer é causado por fatores que são contornáveis com alimentação,
exercícios e estilo de vida. Fatores ambientais também fazem diferença, como
viver em algum lugar muito industrializado ou no campo.
Sabemos que
o cigarro e a obesidade são fatores que contribuem muito para o aumento na
probabilidade de desenvolver câncer.
Um corpo
obeso dificilmente não será inflamado e a inflamação desorganiza o corpo
através de várias vias, uma delas é a hepática.
O fígado é
extremamente importante no processo de limpeza do corpo, quando saudável, ele
filtra as toxinas e ajuda eliminá-las do corpo.
Para seu bom
desempenho ele não deve estar sobrecarregado, metabolizando alimentos ou
bebidas em excesso. Dessa maneira o fígado não conseguirá eliminar toxinas e
elas alterarão o estado de saúde do corpo.
A produção
excessiva de insulina pelo pâncreas estimulará o aumento do hormônio do
crescimento, que pode provocar a multiplicação desenfreada de células tumorais.
Inflamações
representam um estresse para o corpo, isso influencia o sistema imunológico
que, enfraquecido, é uma porta aberta para muitas doenças inclusive a
contaminação de vários vírus que aumentam incidência de câncer.
Excessos
confundem o corpo e fazem com que ele não seja capaz de trabalhar de maneira
adequada.
Cuide de
você e preserve quem você ama.
*A
Dra. Meira Souza é responsável pela clínica de dor do Instituto de Ortopedia e
Traumatologia. É autora dos livros: “Obesidade: vire essa página da sua vida
com qualidade de vida”, “O Reino encantando dos alimentos”, “Viva bem com a
coluna que tem”. É também palestrante sobre os temas que atua. É responsável
pela coluna Construindo saúde na TV BH News, no programa Revista BH News, que
explora temas ligados à saúde apresentando dicas e fatos cotidianos que possam
ajudar na construção da saúde dos telespectadores. Esta crônica foi publicada no
jornal “O Tempo” e é uma
das introdutórias ao próximo livro da autora "Emagre-Ser", que está
sendo editado pela editora Autêntica.
Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.
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