CALENDÁRIO

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

NOSSOS SINCEROS VOTOS DE BOAS FESTAS!



É tempo de olhar para a frente, refazer planos, vislumbrar novos horizontes e abrir o coração para sonhar.
Feliz Natal e um excelente Ano Novo!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

ÚLTIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DESTE ANO E CONFRATERNIZAÇÃO


Em virtude de esta Comissão Local também realizar a tradicional confraternização de final de ano, a pauta da reunião foi menos extensa, merecendo destaque:



1 - Comentários e sugestões apresentados pela secretária Mércia Inês Pereira e pelo delegado junto ao Conselho Distrital Leste João Geraldo, tendo este dado uma notícia que agradou a todos: a liberação de verbas para o Hospital da Baleia.

2 – A assistente social Marislane Diana, representante do Instituto Social Frei Gabriel, agradeceu o apoio de todos aos projetos daquela instituição. Também informou que o próximo Curso de Cuidador de Idosos será realizado em fevereiro de 2020. As inscrições deverão ser realizadas no período de 20 a 24 de janeiro de 2020. Marislane esteve acompanhada da psicóloga Margarete Rodrigues dos Santos, instrutora do referido curso.

3 – A gestora do Centro de Saúde Solange Azevedo Cicarelli apresentou resultados detalhados da pesquisa “Ciclo de Atendimento ao C. G. T. (Gestão e Cuidado Territorial)”,  para determinar o tempo de espera e o grau de satisfação de cada setor do Centro de Saúde Pompeia (Recepção, Acolhimento, Consultas Médicas, Manchester etc.). Segundo apurado, ocorreu significativa melhora no tempo de atendimento de todos os setores.

4 – Após a reunião, houve a tradicional confraternização natalina.


Solange A. Cicarelli presta esclarecimentos.

 
 Os participantes se confraternizam.  

 Da esquerda para a direita: Marislane  Diana, João Geraldo e Margarete Rodrigues.




 Margarete Rodrigues, João Geraldo, Solange Cicarelli e Conceição Dornas.


Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.




quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

AVISO


 ÚLTIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2019

Esta Comissão Local de Saúde realizará amanhã, dia 18, sua última reunião ordinária deste ano, tendo como pauta:

1 - Leitura e aprovação da ata da reunião ordinária de novembro de 2019.

2 - Leitura dos bilhetes postados na caixa de sugestões/reclamações.

3 – Palavra da gestora Solange A. Cicarelli sobre o tempo médio de espera para atendimento de usuários.

4 – Palavra livre.

5 – Comemoração natalina.

Nota: Nessa ocasião deverá ser informado que não haverá reunião ordinária em janeiro de 2020, devendo a mesa diretora reunir-se novamente somente no dia 19 de fevereiro (terceira quarta-feira do mês).  

Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

 Veja as postagens mais antigas. Diversas matérias interessantes foram publicadas desde 2012.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

SAÚDE E DIVERSIDADE DE GÊNERO




ATENDIMENTO ESPECIAL
NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA,
DIA 17 DE DEZEMBRO

- clique na imagem para aumentá-la -




Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

DICA DE SAÚDE


Ioga: prática vai além da atividade física e promove equilíbrio





Uma atividade física capaz de trabalhar de forma complementar questões relacionadas ao estresse, à ansiedade, além de colaborar no tratamento da depressão e da insônia.



A ioga tem origem indiana, melhora a aptidão física e confere força e flexibilidade de maneira geral.

A prática, amplamente disseminada em academias e parques espalhados por todo o país, também faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

O Brasil é líder na oferta de modalidades na atenção básica da rede de saúde pública. A PNPIC foi publicada em 2006 e, agora, são 29 práticas integrativas e complementares oferecidas à população com 1,4 milhões de atendimentos individuais e 5 milhões de brasileiros atendidos, incluindo 35 mil sessões de ioga.

"As práticas integrativas têm uma abordagem de cuidado que amplia o olhar do profissional de saúde e as opções terapêuticas. Meditação, Ioga Tai Chi não são práticas simples de atividade física. Elas promovem o autocuidado e autoconhecimento, além de melhorar a respiração o movimento das articulações", explica Daniel Amado, coordenador Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde.

O objetivo das práticas integrativas não é substituir o tratamento convencional. Um profissional que faz uma avaliação de um paciente com uso contínuo da medicação para hipertensão, por exemplo, pode receitar a prática de atividade física, indicar mudanças alimentares e trabalhar outras questões, como problemas familiares. É um olhar mais ampliado", explica Daniel.

Mais sobre a Ioga

A ioga trabalha diversos aspectos do corpo, da mente e do espírito. Os primeiros estudos científicos foram conduzidos em 1924 pelo Swami Kuvalayananda, que é considerado o pioneiro da iogaterapia.

A atividade trabalha o praticante em seus aspectos físico, mental, emocional, energético e espiritual visando à unificação do ser humano em Si e por si mesmo. Constitui-se de vários níveis, sendo o Hatha Yoga um ramo da ioga, que fortalece o corpo e a mente através de posturas psicofísicas (ásanas), técnicas de respiração (pranayamas), concentração e de relaxamento.

Entre os principais benefícios podemos citar a redução do estresse, a regulação do sistema nervoso e respiratório, o equilíbrio do sono, o aumento da vitalidade psicofísica, o equilíbrio da produção hormonal, o fortalecimento do sistema imunológico, o aumento da capacidade de concentração e de criatividade e a promoção da reeducação mental com consequente melhoria dos quadros de humor, o que reverbera na qualidade de vida dos praticantes.

Redução de obesidade e outros benefícios

Com mais de 30 instrutores no Distrito Federal pela Gerência de Práticas Integrativas em Saúde, o Hatha Yoga promove, segundo os praticantes, como benefícios a melhora da qualidade do sono, redução da ansiedade, melhora da postura corporal, flexibilidade e sensação de bem-estar. As informações são da Cristina Serafim, responsável técnica Distrital de Hatha Yoga da Secretaria de Saúde do DF, que reforça que essa prática não pode ser vista apenas como uma atividade física.

"A ioga não deve ser definida simplesmente como atividade física, uma vez que, trata-se de um sistema amplo e milenar de conhecimentos e sua prática diferencia-se pelas posturas psicofísicas, movimentos coordenados com a respiração e uma atitude de atenção plena. Integra corpo, mente e energia vital e seus benefícios físicos e psicológicos são comprovados por evidências científicas: prevenção da osteoporose, melhora do fluxo do sistema linfático, diminuição de dores nas costas, promove equilíbrio postural e físico, aumenta a massa e tonicidade muscular, melhora problemas respiratórios, melhora da circulação sanguínea, dá apoio a terapias de emagrecimento, e ainda é excelente para pessoas com problemas de articulações por ser exercício de baixo impacto".



Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

OITAVA EDIÇÃO DO SIMBRAVISA EM BELO HORIZONTE


Carta de Belo Horizonte


“No ano em que a Constituição do Brasil de 1988 completa trinta e um anos, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco quarenta anos e o Grupo Temático de Vigilância Sanitária – GTVISA completa dezoito anos, nós, participantes do 8º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária, reunidos no Expominas, em Belo Horizonte de 24 a 27 de novembro, manifestamos nosso compromisso com a defesa do fortalecimento do Sistema Único de Saúde, dos direitos sociais e da democracia.
O Simpósio teve um total de 1230 inscritos e 1099 presentes. Reuniu pesquisadores, professores, estudantes de graduação e pós-graduação, gestores, profissionais de saúde, conselheiros de saúde, representantes de movimentos sociais – Constituiu-se em um evento de intenso intercâmbio técnico, científico e reflexão sobre as práticas em saúde e vigilância sanitária; mobilização política em torno dos valores defendidos pela comunidade da Saúde Coletiva e da Vigilância Sanitária.
Somos um país historicamente marcado por profundas desigualdades sociais, que se refletem na saúde da nossa população. A redemocratização, expressa na Constituição cidadã de 1988, expandiu direitos, instituiu políticas sociais na busca de uma sociedade mais igualitária e justa. Entre essas políticas, a criação do Sistema Único de Saúde – SUS reconheceu a saúde como direito de todos e dever do Estado. Ante ao desmantelamento das políticas de proteção social, não aceitaremos que nenhuma conquista sejam ameaçada. Nesse sentido, este 8º Simbravisa teve como palavra de ordem, Resistência – radical em defesa do SUS.
Apontamos ainda, alguns dos nossos compromissos de luta:
1-   Reafirmamos a importância que o desenvolvimento técnico e cientifico da vigilância sanitária passa necessariamente, pela compreensão sobre as formas de poder na sociedade e, nesse sentido é também prática política;
2- Reafirmamos a importância da plena integração da vigilância sanitária às políticas de saúde e às necessidades do SUS;
3- Lutamos por uma vigilância sanitária ética, transparente e permeável ao controle social, organizada e seus trabalhadores tecnicamente capacitados e valorizados;
4- Nos colocamos em defesa de uma sociedade democrática, justa, respeitosa da diversidade; Combatemos todas as formas de violência, intolerância, discriminação, racismo, homofobia, segregação e exclusão;
5- Dizemos não aos ataques à ciência e as instituições públicas de ensino e pesquisa, em especial às universidades públicas. A falta de investimento em Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia condenará o país à periferia do capitalismo e a dependência externa de insumos estratégicos para a saúde;
6- Nos solidarizamos com a população mineira, em especial, aos moradores das áreas afetadas pelos crimes ambientais, perpetuados pelas empresas de mineração, especialmente a Vale;
7- Somos contra a mudança do financiamento da Atenção Básica que implicará em recrudescimento das ações de promoção, prevenção e proteção à saúde;
8- Não abriremos mão da luta pelo financiamento público para a realização do Simbravisa, por entendermos que a vigilância sanitária se constitui uma ação eminentemente estatal, de natureza preventiva e de proteção da saúde;
9- Que a vitalidade, a força e a união e algumas discordâncias, demonstradas em todos os dias deste Simpósio, sejam levadas a nossos espaços de atuação para fortalecer nossa luta em defesa do SUS, da justiça social e da democracia;
10- Por fim, gostaríamos de assinalar que este Simpósio, renovou nossas energias e esperanças, necessárias à realização do trabalho da vigilância sanitária e na prática de promoção da saúde. A Abrasco e o GTVISA conclamam aos gestores do SUS, que estimulem cada vez mais a participação de trabalhadores, pesquisadores, docentes, estudantes aos Simbravisas”.


Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

MUTIRÃO “CUIDAR DA SAÚDE TAMBÉM É COISA DE HOMEM”


UM SUCESSO!



 O Centro de Saúde Pompeia mostrou mais uma vez um dos motivos pelos quais é considerado o melhor Centro de Saúde de Belo Horizonte.


O mutirão “Cuidar da Saúde também é coisa de homem” foi um sucesso! 

A data magna do “Novembro Azul” deste ano, que aconteceu no último sábado, foi muito bem planejada. Sua realização mereceu muitos elogios, destacando-se a presteza, simpatia e cordialidade dos funcionários e de alguns estagiários.



Leila Maria Souto recebendo usuários à entrada do Centro de Saúde
(o sorriso simpático parece com o de quem está numa festa):




-----ooo-----

 Flagrante da sala de espera (onde se esperou pouco tempo). 

 Da esquerda para a direita: acadêmicas do curso de
Fisioterapia (Karina Emburana Costa e Nadábia Araújo Soares)
a fisioterapeuta Leila Maria Souto e a gerente do Centro
de Saúde Pompeia Solange A. Cicarelli.



A abordagem de coletivos nas proximidades do Centro de Saúde fez parte da estratégia de divulgação do mutirão:







Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.

domingo, 1 de dezembro de 2019

ANIVERSARIANTE DE HOJE



ESTAMOS ASSINALANDO O ANIVERSÁRIO DE SUELI DE FÁTIMA FACUNDO, SERVIDORA DO CENTRO DE SAÚDE POMPEIA E SECRETARIA GERAL DESTA COMISSÃO LOCAL DE SAÚDE!



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

METÁFORA AGRÍCOLA DA RECUPERAÇÃO


REVOLVENDO O SOLO DA RECUPERAÇÃO


Marcelo Ribeiro*




Muitas pessoas acreditam – e infelizmente boa parte delas, profissionais da saúde – que a desintoxicação não passa do ato de se observar o usuário intoxicado por algumas horas no pronto-socorro, deitado numa cama, “tomando um sorinho na veia”. 



Chuvas torrenciais ininterruptas, meses a fio, para muito além da capacidade de absorção daquele terreno.  Alagamentos persistentes.  Desaparecimento da camada de húmus e da microfauna revolvedora do solo.  Certamente, esse estado de acúmulo de águas persistirá mesmo após o término das chuvas.

Aos poucos, o terreno alagado se converterá em uma gigantesca poça de lama e essa, em uma lâmina de aparência rígida, endurecida pela ação persistente e calcinante da luz solar.  Vem a craquelagem das placas: frestas úmidas vão aos poucos se desfazendo em terra e poeira as quais, com o passar do tempo, formam uma camada de terra seca, que vai puxando cada vez mais para a superfície a água que encharcou e se acumulou no solo.

Com o cair das chuvas esperadas da estação, que umidificam o solo no ritmo da natureza, os brotos de mato e gramíneas começam a enraizar timidamente no chão de terra. Logo adiante ele voltará a ser perfurado por minhocas e insetos construtores ou se converterá em berçário para larvas de todos os gêneros.  Ainda assim, em algumas situações será necessária a recuperação química e biológica desse solo, pela utilização de fertilizantes orgânicos ou de adubos minerais.

Após alguns ciclos de vida animal e vegetal, mesmo à custa de raízes filiformes, arbustos modestos e pequeníssimos insetos, novamente uma camada de húmus poderá se formar, ganhando consistência, até se converter em serrapilheira – uma camada generosa de material orgânico, em diferentes estágios de decomposição, por intermédio da qual os nutrientes finalmente voltarão a ser filtrados e retornarão ao solo de forma natural, tornando-o progressivamente mais fértil e, a cada estação, mais propício para ser revolvido e cultivado novamente.

Muitas pessoas acreditam – e infelizmente boa parte delas, profissionais da saúde – que a desintoxicação não passa do ato de se observar o usuário intoxicado por algumas horas no pronto-socorro, deitado numa cama, “tomando um sorinho na veia”.  Para eles, desintoxicar é, literalmente, deixar a “droga” sair do organismo.  Um grave equívoco. Isso é apenas e tão somente o término das “chuvas psicoativas torrenciais”. Quase a totalidade das substâncias psicoativas é eliminada do organismo em menos de vinte e quatro horas, mas os efeitos neurotóxicos e inflamatórios, bem como as neuroadaptações que o uso crônico provoca sobre o “solo cerebral e mental” não acabam com o raiar da abstinência.

A desintoxicação – apesar de não possuir um parâmetro de tempo preciso – se estende para além da ideia da mera interrupção do uso, para englobar, minimamente, um período inicial de resolução de sintomas de abstinência, no qual o cérebro começa a readaptar o seu funcionamento, sem a presença da droga.  Mesmo na ausência das síndromes de abstinência mais clássicas, como as do álcool e dos opioides, que duram em média de três a setes dias – de acordo com a gravidade da dependência – os dias que se sucedem à parada do uso, em geral, trazem a marca desse estado de amolecimento, da lama, do tédio, dos estados indiferenciados – com frequência, sintomas psiquiátricos desses primeiros tempos, de maneira isolada ou combinada, estruturam síndromes que se assemelham, mas não se comportam exatamente como os transtornos mentais classicamente descritos, são instáveis e propensas à labilidade, misturando algumas vezes mais de um tipo de transtorno, num verdadeiro mosaico psicopatológico.

Tais sintomas tendem à melhora – espontânea ou sob medicação – , conforme o estado psíquico do usuário em abstinência vai ganhando estabilidade, forma, se estruturando – são  as tais placas de barro.  Mas tudo é ainda muito frágil: há pouquíssimo espaço para se trabalhar conteúdos de natureza cognitiva ou profunda – pelo contrário, é o momento de se oferecer atividades suportivas, estruturadas em grupos motivacionais, de terapia-ocupacional, ou de mútua-ajuda.  Medicamentos auxiliam a resolução dos sintomas psiquiátricos primários ou secundários, que reduzem a vontade ou o comportamento de busca, nesse sistema nervoso emocionalmente lábil e ainda pouco capaz de articulações, e protegem o “solo cerebral”, favorecendo o processo de recuperação.

A desintoxicação deve se estender até esse período, em geral, entre quinze e trinta dias, podendo se alongar um pouco mais, nos casos de maior gravidade.  O modelo habitual se dá em enfermarias psiquiátricas, dentro da perspectiva multidisciplinar, voltada à construção de um diagnóstico que elucide a gravidade da dependência, as doenças clínicas-gerais e psiquiátricas associadas (comorbidades), os fatores de crise relacionados ao quadro atual, a motivação da pessoa para o tratamento e os fatores de proteção e risco vigentes, com ênfase na família e nas habilidades do indivíduo.  A desintoxicação também pode se dar ambulatorialmente, eventualmente com apoio de visitas domiciliares, residências terapêuticas, hospitais-dia e acompanhantes terapêuticos.

A fase de “formação do chão de terra” marca o retorno de um funcionamento mais articulado do psiquismo.  Mais uma vez, a pessoa voltou a ter uma “camada seca” estruturada, pré-frontal, capaz de oferecer uma interface entre o seu sistema nervoso “mais profundo” – mamífero e reptiliano – e as demandas socioculturais que o cercam.  É o momento em que o usuário que “só falava de droga”, aparentemente de maneira súbita, começa a ampliar o seu repertório social, a ter outros anseios, retomar assuntos antigos.  Com a chegada das “chuvas neuroquímicas fisiológicas”, juntamente com as novas conexões sinápticas, que brotam timidamente, novos padrões de comportamento começam a ser moldados, na forma de desejos e formulação de planos futuros, especialmente quando acontecem dentro de ambientes relacionados à cultura de recuperação.

Mas a estrutura cerebral desenvolvida até aqui ainda carece de capacidade inibitória, ou seja, está longe de resistir às investidas torrenciais e fissurentas do desejo de consumo.  Nesse contexto, qualquer retorno de chuvas psicoativas – sejam elas garoas ou tempestades – é potencialmente desastroso:  a estruturação cortical está começando a arriscar os seus primeiros brotos voltados para a ideia da recuperação e da mudança de estilo de vida. O sistema nervoso ainda se encontra “túrgido” de gatilhos que facilmente o levariam de volta ao consumo, não fossem as curvas-de-nível, as telas e coberturas e demais estratégias de blindagem e monitoramento – muitas vezes intensivo –, com o intuito de proteger o solo, enquanto ele próprio não vai criando sua camada de proteção.

A estruturação da serrapilheira, após ciclos sucessivos de objetivos e metas ora frustrados, ora aprendidos, ora atingidos – sempre substrato de amadurecimento –, marca a reconquista da autonomia, a partir da estruturação de um sistema de filtros que retira dos erros e acertos, bem  como das conquistas provenientes da abstinência, o substrato energético que fortalecerá o patrimônio mental da pessoa – e do seu processo de recuperação.


* Marcelo Ribeiro, psiquiatra, membro do Programa de Pós-graduação do Departamento de Psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), docente do Curso de Medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), diretor do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de São Paulo (Coned).




Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

A ABRASCO SE MANIFESTA EM DEFESA DO SUS


Nota em defesa da atenção primária e do direito universal à saúde: pela revogação da Portaria nº 2979/19 do Ministério da Saúde




Historicamente, no processo de construção do Sistema Único de Saúde – SUS, seu desenvolvimento institucional sempre envolveu a participação das diversas instâncias do controle social, além daquelas previstas legalmente, como as conferências e conselhos de saúde.

Nesse sentido, o Conselho Nacional de Saúde – CNS sempre gozou de natural protagonismo, por ser a instância máxima de deliberação das decisões pactuadas na Comissão Intergestora Tripartite – CIT, como dispõe a Constituição Federal, a Lei 8080/90, a Lei 8142/90 e a Lei Complementar 141/2012.

Não foi por outro motivo que o movimento da reforma sanitária brasileira já expressou sua indignação com o modo pelo qual o novo modelo de financiamento da atenção primária foi pactuado na CIT, sem interlocução com o CNS e a própria comunidade científica, especialmente quando impôs novos critérios de rateio dos recursos destinados aos municípios, chancelados pelo Banco Mundial (continua).


Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019




FLAGRANTE


PEQUENO PACIENTE USA A BIBLIOTECA DO SAGUÃO ENQUANTO AGUARDA ATENDIMENTO






Victor Zanon, de 4 anos, aluno da UMEI-Pompeia, é o nome do garoto. 

É bom lembrar que essa biblioteca é composta de livros usados doados pela comunidade. 


Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.


    Por questão de foro íntimo, estamos encerrando nesta data as atividades deste blog .