Começa com
um machucado. Indolor, costuma não ser bonito, mas também não é o fim do mundo.
Quando aparece na área genital, fica evidente nos homens, mas pode acabar
escondido no caso das mulheres, sem chamar qualquer atenção.
Aí, quando
você está começando a se preocupar, bam!
Desaparece. Parabéns! Seu sistema imunológico é mesmo incrível, né? Na verdade,
não. Você só passou para a próxima etapa de uma doença que, a curto ou longo
prazo, pode atacar seu cérebro, mudar a estrutura dos seus ossos, deformar seu
rosto e matar seus filhos. Você tem sífilis.
Essa
história está se repetindo mais do que o esperado no Brasil. Em outubro de
2016, o Ministério da Saúde reconheceu que a situação estava fugindo do
controle e decretou a epidemia.
Não é
exagero, nossos números são assustadores. Desde 2010, quando os hospitais
passaram a ser obrigados a repassar seus dados sobre a doença para o
ministério, foram notificados quase 228 mil novos casos; só entre 2014 e 2015
houve um aumento de 32% nos casos de sífilis entre adultos – e mais de 20% em
mulheres grávidas.
A maior
parte dos casos está na região Sudeste (56%), a mais urbanizada e desenvolvida
do País. Só para ter uma ideia do desastre, em 2015 tivemos 6,5 casos de bebês
infectados a cada mil nascidos vivos; o valor é 13 vezes maior do que a
Organização Mundial da Saúde considera aceitável.
O que é Sífilis
É uma Doença
Sexualmente Transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis
primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário
da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
Esta doença
é um mal silencioso, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no
corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.
Causas
A sífilis é
causada pela bactéria Treponema pallidum, esta que geralmente é transmitida via
contato sexual, entrando no corpo humano por meio de pequenos cortes presentes
na pele ou por membranas mucosas.
Quando a
Sífilis é curada ela não corre o risco de reaparecimento, a não ser que o
paciente seja infectado novamente por alguém que esteja contaminado.
Os estágios e os sintomas da Sífilis
A sífilis
desenvolve-se em diferentes estágios e os sintomas variam conforme a doença
evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Assim, os
sintomas podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui
pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.
Os sintomas
da sífilis se manifestam entre 3 e 12 semanas após a infecção, começando com o
aparecimento de uma ferida na região genital que não sangra e é indolor, mas
que, quando friccionada, libera um líquido transparente.
Contudo, os
sintomas da doença são diferentes dependendo do tempo de infecção e, por isso,
a sífilis é classificada como sendo primária, secundária ou terciária.
A sífilis
também pode ser congênita, ou seja, quando o bebê nasce de uma mãe contaminada
com a doença e que não fez o tratamento durante a gestação.
No terceiro
estágio, o mais sério, a sífilis é caracterizada por:
Lesões maiores na pele, boca e nariz.
Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos,
músculos, fígado e vasos sanguíneos.
Dor de cabeça constante.
Náuseas e vômitos frequentes.
Rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça.
Convulsões.
Perda auditiva.
Vertigem, insônia e AVC.
Reflexos exagerados e pupilas dilatadas.
Delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da
capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar
quando há paresia geral.
Esses sintomas costumam surgir depois de 10 a 30 anos da
infecção inicial, e quando o indivíduo não é tratado.
Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo,
deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas da
sífilis.
DEVASTAÇÃO CAUSADA PELA SÍFILIS NO TERCEIRO
ESTÁGIO
Maiores informações: https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-sifilis-sintomas-cura-tratamento-prevencao-e-mais-2/
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