Muitas pessoas tentam entender como
uma doença erradicada nos grandes centros urbanos desde 1942 segue fazendo
novas vítimas nas Capitais.
Para Thiago Henrique Silva, médico de
família e comunidade, um dos principais fatores que pesam nessa matemática
triste que vitimiza tantas pessoas e alarma todos os brasileiros, é a tragédia
de Mariana, em Minas Gerais, em novembro de 2015, quando 55 milhões de m³ de
lama vazaram da barragem de Fundão. O empreendimento pertence à mineradora
Samarco e é controlado pelas empresas BHP Billiton e Vale S.A.
Embora não seja o único motivo que
possa ter contribuído para os casos que se alastraram no país, doutor Henrique
destaca o fato de que a região já sofria grandes abalos ambientais provocados
pela mineração.
O rompimento da barragem do Fundão,
caracterizado por especialistas como o maior desastre ambiental do país,
alterou profundamente os ecossistemas ao longo da bacia do Rio Doce, além de
matar 19 pessoas e atingir mais de 23 mil famílias.
O médico afirma que a lama da Samarco
desequilibrou uma grande área nas margens do que antes era um rio cheio de vida.
Os predadores naturais do mosquito transmissor da febre amarela teriam sido
extintos, ajudando a aumentar a reprodução desses insetos.
A teoria do médico é também defendida
por membros da comunidade científica como o professor da Universidade de São
Paulo (USP) Eduardo Massad, que também leciona na London School of Hygiene and
Tropical Medicine, no Reino Unido.
De acordo com dados do Ministério da
Saúde, em um ano - de janeiro de 2017 a janeiro de 2018 - houve um volume de
casos comparável ao registrado em um período de 30 anos, ou seja, algo muito
grave aconteceu. Para o médico Thiago Henrique, o acidente de Mariana explica
esse surto.
Leia a matéria completa n/ link: https://www.brasildefato.com.br/2018/02/12/crime-de-mariana-coloca-surto-de-febre-amarela-na-conta-da-samarco-afirma-medico/?utm_campaign=bdf&utm_medium=referral&utm_campaign=whatsapp_share.
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