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sábado, 24 de fevereiro de 2018

AINDA SOBRE A FEBRE AMARELA





Muitas pessoas tentam entender como uma doença erradicada nos grandes centros urbanos desde 1942 segue fazendo novas vítimas nas Capitais.

Para Thiago Henrique Silva, médico de família e comunidade, um dos principais fatores que pesam nessa matemática triste que vitimiza tantas pessoas e alarma todos os brasileiros, é a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, em novembro de 2015, quando 55 milhões de m³ de lama vazaram da barragem de Fundão. O empreendimento pertence à mineradora Samarco e é controlado pelas empresas BHP Billiton e Vale S.A.

Embora não seja o único motivo que possa ter contribuído para os casos que se alastraram no país, doutor Henrique destaca o fato de que a região já sofria grandes abalos ambientais provocados pela mineração.

O rompimento da barragem do Fundão, caracterizado por especialistas como o maior desastre ambiental do país, alterou profundamente os ecossistemas ao longo da bacia do Rio Doce, além de matar 19 pessoas e atingir mais de 23 mil famílias.

O médico afirma que a lama da Samarco desequilibrou uma grande área nas margens do que antes era um rio cheio de vida. Os predadores naturais do mosquito transmissor da febre amarela teriam sido extintos, ajudando a aumentar a reprodução desses insetos.

A teoria do médico é também defendida por membros da comunidade científica como o professor da Universidade de São Paulo (USP) Eduardo Massad, que também leciona na London School of Hygiene and Tropical Medicine, no Reino Unido.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em um ano - de janeiro de 2017 a janeiro de 2018 - houve um volume de casos comparável ao registrado em um período de 30 anos, ou seja, algo muito grave aconteceu. Para o médico Thiago Henrique, o acidente de Mariana explica esse surto.


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