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terça-feira, 29 de março de 2022

CRÔNICA DA DRª. MEIRA

Recado:

A vida nunca foi fácil e ultimamente parece estar cada vez mais difícil; muitos de nós estão sem esperança, sem fé e realmente muito preocupados com o futuro.

Com todos estes agravos é normal que muitas vezes sintamos a cabeça pesada, como se os nossos próprios pensamentos fossem capazes de nos deixar mais atraentes à gravidade.

Queria poder me debruçar por páginas a fio para acolher cada um dos leitores dessa crônica. No entanto, todos trabalhamos com limitações.

Na escolha de trazer um alívio a vocês, decidi abordar um tema que creio ser coerente e que agregará à vida de todos.


Qual o peso da sua cabeça?

Em tempos pré-pandêmicos não era raro receber pacientes com dores na coluna lombar e para ser sincera, até hoje ainda não é, no entanto na pandemia, o home office e o uso ainda mais prolongado de celular causaram um aumento exponencial na presença de dores na coluna cervical, região ligada ao pescoço.

Sair de nosso eixo, muitas vezes pode não ser visto como algo tão dramático, mas os efeitos a longo prazo são devastadores. A cada centímetro para frente deslocado pela cabeça 14 quilos gravitacionais são adicionados, ou seja, alguém com meros dois centímetros de desalinho frontal está carregando nada menos que 28kg, sem contar o peso da própria cabeça, sobre o pescoço.

Pequenos detalhes em nossa vida, se não controlados com antecedência, sempre trarão consequências maiores do que deveriam, tais quais, torcicolos, dor crônica, uso contínuo de medicamentos e em alguns casos até mesmo cirurgias.

É quase engraçado perceber o quão insignificante a atitude de manter uma postura correta as vezes parece ser, mas confiem em mim, até a menor das atitudes positivas, quando cultivada corretamente será o caminho de um presente muito positivo.

Apoio também é muitas vezes essencial nestas situações, mas precisamos nos lembrar de que é crucial que caminhemos sozinhos e que algumas jornadas precisam ser completas sem auxílio.

Ao enfrentar o problema de desvio postural, não é raro que soluções como colares cervicais e outros refúgios para sustentar este pescoço doído com a sobrecarga surjam.

Dor nunca é positiva e por isso é tão delicado prosseguir com está frase, mas o uso contínuo deste tipo de suporte, comumente, se não, todas as vezes, traz um enfraquecimento dos músculos que sustentam o pescoço e a longo prazo pioram e deixam o quadro de dor ainda mais complexo.

Precisamos de treino para melhorar em qualquer atividade ou no mínimo para não perdermos nenhuma habilidade previamente adquirida, o mesmo ocorre com os nossos músculos, se não os utilizamos com a frequência necessária eles perdem potência e literalmente nos “deixam na mão”.

Estar nos eixos, tanto no sentido psicológico quanto físico é uma das melhores formas de trazer alívio ao nosso cotidiano e garantir que, em tempos de caos quase total, tenhamos no mínimo como contar com nós mesmos.

Dra. Meira Souza.


Contato com este blogconslocsaudepompeia@gmail.com.

 

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