ELA: doença degenerativa que atinge
mais homens do que mulheres
Dr.
João Roberto Pereira*
Trata-se de uma doença que ainda
envolve muitos estudos científicos uma vez que não se conhece plenamente a
causa.
O correto é sabermos diretamente o
que causa. Sabendo a causa, saberemos a cura.
A ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) se desenvolve degenerando
irreversivelmente os neurônios da ponta anterior da medula espinhal, trato
corticoespinhal lateral, trato piramidal direto e encéfalo.
Pesquisada por centenas de cientistas
em todo o mundo, ainda não se conhece a sua exata etiologia, progredindo,
inexoravelmente, entre três a cinco anos, em média, sem qualquer recurso
terapêutico eficaz.
Afeta indivíduos adultos, geralmente
após os 50 (maior incidência entre 50 e 60 anos, cerca de 32,4% dos casos),
predominando no sexo masculino na proporção de três homens para duas mulheres.
Dentre os principais sintomas, apontam-se
fraqueza e atrofia musculares, acometendo um membro e progredindo para outros, câimbras
e fascilações, pequenas contrações musculares visíveis e intensas, percebidas
pelo paciente e examinador, podendo ser um sinal inicial da doença, rigidez
muscular e reflexos profundos vivos.
A alteração na articulação da fala, o
enfraquecimento da voz e a dificuldade de deglutição podem apresentar-se
inicialmente ou no decurso da doença.
Na sua fase mais crítica os
indivíduos afetados apresentam paralisia completa dos membros, não conseguindo
mais caminhar nem se mover.
Mais de vinte importantes e potentes
medicamentos foram utilizados ao longo dos anos e até agora não há referência
pelos pacientes, familiares, médicos e cuidadores de qualquer indício de
melhora real ante o uso de fármacos. O melhor que se pode fazer é oferecer
medidas de suporte para amenizar o sofrimento do paciente.
* Médico
do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (SP). Entrevista publicada na Folha do Servidor Público, set. 2014, p. 9.
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