ZUMBIDO NO OUVIDO
O zumbido
pode ser definido como uma ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora não
relacionada com uma fonte externa de estimulação. A palavra tinnitus deriva do latim tinnire, significando tocar, zumbir.
Na maioria
dos casos, o zumbido é uma percepção auditiva “fantasma”, percebida apenas pelo
paciente, característica que dificulta a investigação do problema.
Pode parecer
um chiado, apito, cigarra, cachoeira, panela de pressão ou, mais raramente, o
barulho do coração batendo no ouvido ou alguns cliques ou estalos. Alguns ouvem
o zumbido somente no silêncio ou quando prestam atenção em seus ouvidos; outros
o ouvem o dia todo.
O zumbido é
um sintoma – e não uma doença específica – o que significa que ele pode ter uma
ou várias causas, como acontece com a febre ou com a dor de cabeça. Pode
aparecer em qualquer idade, inclusive nas crianças, mas é mais frequente na
terceira idade. Ocorre em cerca de 25 a 28 milhões de indivíduos no Brasil.
Causas:
Excesso de
cera, infecções e lesões do ouvido são causas possíveis do problema. No
entanto, muitos outros fatores que aparentemente não têm nada a ver com o
sistema auditivo podem dar origem a esse sintoma. Desvios de coluna, alterações
cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo
excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles.
A impressão
de que o zumbido atinge mais os idosos é falsa, mas tem uma explicação: cerca
de 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva. Como esse problema
atinge mais a terceira idade, há mais ocorrências de zumbido nessa faixa
etária. O som incômodo, entretanto, pode aparecer em qualquer idade, em pessoas
com audição normal ou não. Há, porém, relação com o gênero: ainda sem
explicação, o problema acomete mais o sexo feminino.
Tratamento:
A forte
ligação entre zumbido e perda auditiva facilita bastante o tratamento. Nesses
casos, para a maioria dos pacientes, o uso de aparelho amplificador é
suficiente para acabar com os dois problemas.
Quando o
problema não decorre de perda auditiva, tenta-se identificar a causa. Essa é
uma das partes mais difíceis do tratamento, já que, tirando o zumbido, o
problema original pode ser totalmente assintomático.
Quando se
torna inviável investigar todo o organismo em busca da causa do zumbido, a
orientação é identificar os “gatilhos”, elementos que disparam ou pioram o
desconforto. Álcool, sal, doces, chocolate, cafeína e nicotina são gatilhos
comuns, mas nem sempre existe um elemento disparador.
Quando nenhum
gatilho é localizado, alguns medicamentos podem funcionar. Sua prescrição e
acompanhamento no uso devem ser feitos por um médico.
Nos anos
1990 foi desenvolvida uma terapia de adaptação chamada Terapia de Habituação ao
Zumbido, que consiste em habituar o paciente a conviver com o som a ponto de
não mais notá-lo. O tratamento é longo, estende-se por 18 a 24 meses, e durante
todo esse tempo é feito um aconselhamento psicológico.
IMPORTANTE:
Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem
diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações
disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/zumbido-no-ouvido/
Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.
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