A fábula do Rato
(Segundo
A. Guimarães, de Cabo Frio, RJ):
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um
pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma
ratoeira ficou aterrorizado.
Correu
ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há
uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!
A galinha disse:
-
Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o
senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
Então o
rato foi até o porco e disse:
- Há
uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
-
Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não
ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato
dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O
que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o
rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se
um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A
mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No
escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E
a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela
voltou com febre.
Todo
mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de
galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente
principal. (a Galinha)
Como a
doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para
alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A
mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita
gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar
todo aquele povo.
Moral
da história: “Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um
problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando
há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema
de todos.”
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