O CAFÉ É VILÃO OU MOCINHO?
Paixão
nacional, o cafezinho tem destaque no desjejum e segue acompanhando o dia a dia
das pessoas, no trabalho e nas refeições seguintes. A bebida, que tem várias
formas de "tirar", indo do tradicional coado, ao requintado espresso,
é controversa quando se trata da saúde.Os efeitos do café no organismo são
controversos, associados com efeitos negativos, por um lado, e protetor, de
outro. Passam pela associação com o aumento da pressão arterial, os níveis de
colesterol e chegam a ter considerado um efeito protetor contra doenças
cardiovasculares e estimulador do metabolismo.
A publicação
Desmistificando Dúvidas Sobre a Alimentação, produzida pelo Ministério da Saúde
junto com a Universidade Federal de Minas Gerais, destaca que "os efeitos
do café no organismo derivam de substâncias bioativas como a cafeína,
estimulante do sistema nervoso e do músculo cardíaco; ácidos clorogênicos, que
possuem atividade anticancerígena e propriedades antioxidantes; e diterpenos,
relacionados com o metabolismo lipídico".
Uma linha
estudada trata da ação antioxidante do café, por ser uma das fontes dietéticas
mais ricas de ácidos clorogênicos, um polinefol vegetal. Isso indica a inibição
de inflamações e risco menor de doenças cardiovasculares e outras doenças
inflamatórias. Mas o consumo em excesso, de mais de três xícaras por dia, em
média, pode causar algum tipo de mal e estar a associado com pressão alta ou
gerar ansiedade.
É o que
explica a nutricionista, barista e docente do Senac de São Paulo, Maria
Carolina Lazzarini. "O café está associado a milhares de benefícios. É
antioxidante, ajuda no emagrecimento, na prevenção de várias doenças e seu uso
diário acaba ajudando em questões como stress e prevenção da doença de
Alzheimer. A chave está na quantidade. No consumo sem exagero", afirma.
Segundo
Lazzarini, a maneira como o café é produzido também afeta suas propriedades e,
claro, o sabor. Entre os pecados estão deixar a água ferver, colocar pó demais
(o recomendado é 10 gramas para cada 100ml) e fazer líquido demais e deixar
esquentando na cafeteira ou guardado na garrafa térmica. O prazo limite para
reaproveitar a bebida é de 30 minutos.
O livro
Desmistificando Dúvidas Sobre a Alimentação reforça esse ponto. "A relação
entre o consumo de café e a elevação dos níveis séricos de colesterol,
encontrados em alguns estudos, parece estar relacionada ao modo de preparo da
bebida. Cafés turco ou fervido possuem maiores concentrações de cafestol,
substância responsável pelo aumento dos níveis séricos de LDL-c, do que os
cafés filtrados ou instantâneos".
Dicas
- Prepare
somente a quantidade de bebida que vai ser consumida imediatamente;
- Se for
utilizar coador de pano, lave somente com água;
- Filtro de
papel deve ter o mesmo tamanho e forma do porta-filtros
- Não
compacte, nem aperte a camada de café no filtro
- Escalde o
bule ou garrafa térmica pouco antes de fazer a bebida
- A água
deve ser pura e limpa, preferencialmente filtrada ou mineral
Tipos de preparo
Filtragem
É a forma de
fazer o tradicional cafezinho, com o pó acondicionado em um filtro, de papel ou
de pano, com adição de água quente não fervente por cima.
Percolação
Forma mais
comum na Europa, o pó de café vai no centro de um equipamento moka que, na
chama do fogão, ferve a água e pressiona o café líquido para um recipiente
Prensagem
Popular nos
Estados Unidos, mas conhecido por prensa francesa, tem o pó de café misturado
com água quente, que passa por um filtro e é pressionado por um êmbolo.
Pressão
O café
expresso é moído na hora e vai em um filtro que sofre uma pressão de água a 90ºC
e 9Kg de pressão durante 30 segundos, gerando uma bebida cremosa e aromática.
Fonte: https://saudebrasil.saude.gov.br/.
Contato com este blog: conslocsaudepompeia@gmail.com.
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